A alma do povo japonês | Budismo
Foi fundado no séc VI a. C. por Sidarta Gautama, príncipe indiano. Após peregrinação e exercícios de ascetismo e meditação, chega ao estado de Buda, que significa o Iluminado, e passa a pregar sua doutrina que consiste em 4 pontos, as chamadas, quatro nobres verdades:
- São inevitáveis: a morte, a doença e a velhice;
- Todo sofrimento tem causa no desejo e na ignorância;
- A extinção do sofrimento se faz pela extinção do desejo e pelo conhecimento;
- A sabedoria se atinge seguindo a senda óctupla composta de três treinamentos superiores:
- I – Sabedoria:
– visão correta
– pensamento correto
– sentimento correto - II – Ética:
– fala correta
– ação correta - III – Meditação:
– esforço correto
– atenção correta
– meditação correta
Como no xintoísmo, o budismo é religião não convencional para os padrões ocidentais: não há deus, não há promessa de recompensa ou castigo, não há mandamento, não há dogma, não há anjos nem demônios, não existe o bem nem o mal, não há livros sagrados.
Diferencia-se do xintoísmo por não ser panteísta, pela existência de uma doutrina e ao propor um caminho para a iluminação.
Como Heráclito de Éfeso (filósofo grego do séc VI a. C.), Buda afirmava ser impossível atravessarmos o mesmo rio duas vezes: quando voltarmos, as águas serão outras, nós seremos outro porque estamos em constante transformação. Somos um ao nascer e outro ao morrer, pois tudo se transforma eternamente. A impermanência é eterna, não a vida.
O budismo legou ao caráter do povo japonês a forte idéia da impermanência da vida, da salvação pela sabedoria, da inevitabilidade da morte, da velhice e da perecibilidade do corpo.
One thought on “A alma do povo japonês | Budismo”
Esse texto, é de uma qualidade extraórdinária, fiel ao contido no histórico do ensinamento budista.
Aliás, não tem sido diferente nos demais textos desta excelente sítio.